quarta-feira, 9 de julho de 2008

I do love them

Apesar de um discurso algo correctivo, que penosamente herdo da minha vocação para ditar certos e errados, eu até gosto muito do que faço e acredito que o faço muito bem (bem, de acordo com os alunos que eu retenho porque agora, nesta época eufemística, não se podem tratar os bois pelos nomes). Eu gosto verdadeiremente dos meus alunos. Sou bem-disposta (contradiga-me quem me conhece bem se assim não é) e animada. Aliás, não sou modesta no que toca ao elogio próprio, eheh. Como diz uma grande amiga minha "És mesmo vaidosa, :)".
Infelizmente, o meu país deixa-me triste, e esta onda de facilitismo e de nivelação pela mediocridade (em todas as áreas da formação humana e social) enfurece-me. Não consigo ficar indiferente perante a morte lenta das gerações futuras e de quando em vez lá regurgito a minha bílis alterada. Como dizia um amigo meu, que joga na equipa do Senhor Todo-Poderoso, ao discutirmos a adequação da Bíblia aos tempos modernos: "Mais do que tentar convencer-te do contrário, é bom saber que não és indiferente a tudo isto. A indiferença mata".

3 comentários:

Bruno Miguel Pinto disse...

Eu acho que a bílis irada em doses comedidas é uma coisa boa, porque promove a crítica e o desejo de melhorar, mas tudo é relativo. Por exemplo, se achas que existe uma onda de facilitismo e de nivelação pela mediocridade, o que dizer da maioria dos países da América do Sul? E que dizer da misoginia da maioria dos países Muçulmanos?
Em termos de comparação com outros países do Mundo, os Europeus são uns previlegiados. Só é pena que os Portugueses estejam no limite inferior desse previlégio...

Cassandra disse...

Os portugueses estão no limite inferior do privilégio, muito provavelmente por causa das semelhanças de carácter com alguns povos da América do Sul. E refiro-me a coisas negativas.

Bruno Miguel Pinto disse...

Sim, mas essas "coisas negativas" também têm as suas coisas boas... Isto remonta àquela velha história de que a maioria dos defeitos também são qualidades. De qualquer modo,e numa atitude mais copo-meio-vazio, é verdade que existe um facilitismo (nas escolas, por exemplo)que chateia.

ps. no post anterior, onde se lê previlégio, deve-se ler privilégio.