terça-feira, 31 de março de 2009

Chicks

Respondendo a um repto blogueiro decidi falar de gajas. Gajas que se rapam todas. Better said, mulheres que procuram a depilação francesa. Cada pessoa deve fazer aquilo que aprouver com o seu corpo. Todavia, há questões que se colocam. Tenho uma amiga de quem gosto muito que está sempre a defender a tese do higiénico, do bonito, do sensual. Até aí, tudo bem. Embora continue a achar uma infantilização do corpo humano, mas há cada vez mais tarados por miúdas novas. Gostos não se discutem. Rapar, vá lá. Agora com cera????? Conseguem imaginar os puxões nas barbadas podengas de uma gaja? Quando a humanidade foi concebida, a ideia de puxar a passaroca não estava no protótipo. Uns anos mais e há gajos que descobrem papos de perus dentro de lingerie sexy. Sei que a imagem não é bonita. Pode, no entanto, ser uma consequência desta tentativa feminina de imitar Vénus de Botticeli, saídas dentro de crustáceos limpinhos, sem barbas. Agora, o mais engraçado é a defesa de depilação masculina. Eu sempre achei os pelitos das pernas o máximo, nos homens, entenda-se. Nada tenho contra o macho latino. Pelo contrário. Confesso que deverá obedecer a alguma distribuição pouco exagerada. Clones do Tony Ramos são quase homens de Neanderthal e isso engasga qualquer tipa. Agora, pegando na sugestão da depilação total, tão em voga, gostaria de saber o que pensam os gajos sobre a possibilidade de envolver as suas bolinhas em cera quente e ....Zás! Limpinhos, assim, como bolinhas na árvore de natal. Jingle bells, jingle bells, jingle all the way....

quinta-feira, 26 de março de 2009

Completeness

Once I was told, in a very serious and direct manner, that I would have a great difficulty in finding someone who would make happy, whole, complete because I was as intelligent as I was demanding.
At first, some possibilities occurred to me in order to explain that statement:
One - the guy wanted to get laid by buttering me up and flattering my brains;
Two - he wanted to let me know I would never be successful and in so doing, punishing me for getting rid of a great friend of his;
Three - He wanted to find a plausible explanation for my decision since I had no lover, wasn't a lesbian nor a freak, apparently.
After five years, during which I thought little on the matter, I am beginning to wonder if there wasn't a certain logic in what he said.

Tournament

Nos últimos dias do segundo período, os professores da disciplina de Educação Física promovem torneios de várias modalidades colectivas - basquetebol, voleibol e andebol. Os alunos aderem por vários motivos. Alguns gostam verdadeiramente da prática desportiva, outros querem pavonear-se em trajes menores, leggings sexies e decotes pronunciados para o sexo oposto e há sempre aqueles que não se querem suar, nem fazer figuras tristes mas a hipótese de serem dispensados das aulas é aliciante por demais.
Fui assistir a um jogo entre uma das minhas turmas e uma outra que disputavam a final de voleibol. Os meus alunos deram o seu melhor e até decidiram jogar de leggings coloridas para ofuscar os adversários com o seu sentido de humor. Do outro lado, a turma dos "cheiros", fumos, ganzas, como quiserem, com as suas roupas andrajosas e escuras, os seus piercings e tatuagens e os cabelos de rasta. A coisa estava renhida e em conversa com o meu colega de Educação Física, este confidenciava-me "ontem, no basquet, juntei-me a estes miúdos como central. O cheiro era tal que no fim do jogo sentia-me ganzado". Confirmei, já que tinha estado sentada ao lado de alguns deles. Mais parecia uma verdadeira tasca portuguesa, com muita cerveja e tintol fermentados naqueles estômagos.
No final do jogo, que até foi bastante disputado, a minha turma perdeu. Venceram os putos das "pedras". Só para comprovar que o doping compensa.

segunda-feira, 23 de março de 2009

To get or not to get the cup


Eu tenho plena consciência de que o futebol é motivo de muitas alegrias, zangas, discussões acaloradas e até violência irracional que pode conduzir à morte. Percebo que muita gente deteste este desporto mas a verdade incontestável é que o jogo, quando é bem jogado, é extremamente interessante. O que está em torno do futebol é, infelizmente, pura podridão. Como benfiquista que sempre fui, estou contente com esta taça da discórdia. Entre eles e nós, que sejamos nós os vencedores. Evidentemente, não há qualquer penalti. Reconheço e lamento. Prefiro sempre as vitórias limpas. Colocam-se várias questões depois deste fim-de-semana de restos para os grandes necrófagos, Benfica e Sporting (está visto que o Porto vai levar a maior parte da presa). Uma delas é o porquê de um árbitro se retratar desta forma quando mais nenhum o fez até hoje (recordo o penalti inexistente nas Antas que ajudou o Porto a empatar com o Benfica). Se a celeuma que a decisão dos senhores levanta é assim tão grande, porque não passarmos a usar as novas tecnologias e, ao invés de esperar ouvir um auxiliar balbuciar do outro lado do microfone" Não vi nada, pá, desenmerda-te, se foi penalti decide tu", ouvir a voz de um GPS novinho em folha "a bola tocou o parte peitoral superior esquerda do Sr. Pedro, sem haver qualquer contacto com o seu braço, perna ou restante torso". Será porque outros grandes senhores deixarão de poder manipular os árbitros que não se penitenciam perante jornalistas armados em carrascos medievais "E agora, que a sua carreira está a terminar, o que sente?" (tou borrado de medo, sua parvalhona, tem ideia do que fazem os tipos das claques?!!!!). Deixaríamos de ter apitos dourados, árbitros com problemas pessoais a recorrerem a chefões corruptos e muito provavelmente menos futebol manhoso.

Outra questão interessante é a educação dos futebolistas portugueses e afins, assim como treinadores. Ora o árbitro engana-se e eu mostro-lhe os meus novos implantes peitorais. Toma lá. O Pedro Silva é um rapaz afável. "Que o meu filho morra se foi penálti". Se o Pinto da Costa dissesse coisas destas não tinha parentes vivos. O rapaz estava nervoso, percebe-se..... Não, não se percebe. Os árbitros erram mas a boa educação deve manter-se, assim como o respeito pela autoridade, estando ela errada ou não. No final, fica sempre a figura triste de quem não se controla. O Figo não se controlou na meia-final com a França, depois do cabeça de piaçaba ter feito penálti e a França nos ter posto a andar; o João Pinto, no mundial do Japão, achou por bem conferir os músculos abdominais do árbitro argentino. Para quem não se lembra da vergonha, eu recordo a palhaçada que se seguiu. Depois de meio mundo ter visto a simpatia e delicadeza dos atletas portugueses, o rapaz chega a Portugal, é acarinhado por uma pequena multidão de adeptos sportinguistas, dá uma conferência de imprensa na qual arranja um gajo com melhor articulação de maxilares para dizer "Estou de consciência tranquila. Não fiz o que me acusam". A ti não te doa a cabeça que o árbitro argentino deve estar à rasca da barriga. Depois de tudo isto, ainda fica com a Marisa Cruz. Este país é um exemplo para qualquer jovem que queira ser rufia profissional, pá.

Isto custa-me porque gosto muito de desporto. Custa-me porque gosto de seriedade. Custa-me porque detesto violência. Mas enfim, no final de tudo isto só me resta dizer:

Ah, ganda Quim, pá, assim é que se defendem penáltis! Vai-te a eles!!!!!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Sheer talent - Robin Williams

A comedian who never ceases to amaze me. Pure talent and improvise. Take a peek.


Condom

A propósito das afirmações do Papa Bento XVI sobre a inutilidade do preservativo, sugiro-lhe que siga o mesmo conselho: abstenha-se... de falar! Era melhor tar caladinho, pá, nem Deus deve ter pachorra para tanto! Faça um upgrade divino, homem, porque estes dogmas começam a cheirar mal.

Contest

Todos os anos os professores contratados procuram uma nova escola que os acolha. Uma população estudantil completamente distinta, novos colegas, novos superiores, novos itinerários, novo horário. O chamado stress do início do ano. Está a decorrer o concurso para listar as 173 preferências entre escolas, agrupamentos de escolas e concelhos. Cada ano que passa há uma novidade por parte do ministério. Aparentemente, com alguma rasteira escondida para garantir que abrem menos vagas e que o Estado incorpora menos pessoas nos seus pagamentos obrigatórios. Até o Estado tomar consciência de que o sangue novo, devidamente formado, pode dinamizar as escolas, muitas delas envelhecidas por um corpo docente que já não se suporta, os contratados andam aos caídos, por aí. De terra em terra, de concelho em concelho, de distrito em distrito, com a casa, os livros e o portátil às costas, a fazer o que mais gostam. Todavia, cada vez mais desgastados. Nunca verão aumentos a não ser que abra uma vaga. A avaliação é um pro-forma que não altera a sua condição precária, de saltimbancos com demasiada formação. Somos a carne para canhão do ensino. Os tapa-buracos de qualidade. Não vale de nada que os alunos queiram continuar comigo como sua professora, nem a vontade dos pais sequer. Neste país, anda tudo à roda.
É muito fácil criticar e entregar a classe docente à crítica da opinião pública. Somos os bodes expiatórios mais acessíveis. Temos que educar, formar, ensinar, ser exemplos. Todos os dias exijo os "obrigado", "peço desculpa pelo atraso", "posso entrar", etc e tal e coisa. Contudo, se o aluno chega todos os dias a casa e não pede licença para se retirar da mesa e mecanicamente vai mandando SMSs durante todo o jantar perante a passividade paterna... é uma batalha perdida.
Há gente com razão e gente sem ela. A grande verdade é que a crise de valores éticos e morais está por detrás de toda esta crise educativa, económica (o caso Maddoff só é possível quando não há qualquer ética) e social. Todos temos culpa mas se este governo continuar a achar que pode cortar o orçamento da educação e da saúde, manipulando os seus intervenientes como marionetas, vamos ser uma sociedade vazia de honestidade, decência e respeito. Seremos todos velhos em listas de espera infinitas nos centros de saúde ou abandonados em lares ilegais por filhos demasiado preocupados com os novos valores. Afinal, vamos todos a concurso. Let us see who is luckier.

segunda-feira, 16 de março de 2009

I can't ignore

A propósito da Professora de Aveiro que foi agredida por uma aluna de 13 anos, na sala de aula, li este comentário absolutamente delicioso no Público.


Esta Próf.,não deve pertencer á corja do Fenprófistas;porquê,que os colegas das salas ao lado não foram em socorro dela?Não ouviram nada?talvez esta Prof,não alinhou nas arruaças,e se alinhou,tem o exemplo na escola, daquilo que ela fez nas manifestações.Agora,que vá pedir auxilio ao Nogueirov.Esta chulagem que não quer ser avaliada pelo seu desempenho,vão ter aquilo que merecem.( eu,no privado,sempre fui avaliado,se não cumpria,descia de categoria).No privado não há chulagem.Agora,a culpada é a ministra.Parte dos prófs,terão que ír dar banho ao cão.
Aparentemente, nunca o avaliaram na componente escrita. Já agora, sujeito e predicado nunca se separam por qualquer pontuação; talvez pedirá um conjuntivo, mas talvez, não sei. Eu só fui avaliada uma vez (fora as pós-graduções, os seis anos de curso, mas, sim, acho que é essencial, sempre achei). Ah, só mais uma coisinha, a chulagem, da qual orgulhosamente faço parte (by the way, quem são as prostitutas que andam a f... para mim??) será singular (acho eu, ou um nome colectivo, mas singular). Logo, e não vão. Quanto à expressão "No privado não há chulagem" faço apenas uma crítica ao conteúdo semântico. Não é "chulagem" o termo, amor, é Cunha.

Today

I'd like to feel that I am about to do the right choice and that I won't regret having been so hopeful.

I'd like to avoid reading any more sloppy and ignorant comments on the work of teachers, as if getting beaten by a 13-year-old was nobody's fault but the teacher him/herself.

I'd like to feel less pains due to my latest jogging.

I'd like to know what to wear... damned antecipated summer.

I'd like to have my nail polish lasting longer than it does.

I'l like to leave earlier to cook sophisticated meals.

I'd like to be less tired when I go to bed. And you too.

I'd like to take some days off so I woudn't have to hear politicians anymore nor see Porto win the championship... again.

I'd like to have a whole month to decide which places to apply to next year.

I'd like to stay in one school for more than 2, 3 years.

I'd like to have a baby.

I'd like to keep my brain fit so I wouldn't leave it in the car... to die.

I'd like to have a place of my own, where I could invite people and drink a good wine.

I'd like to be more naive than I actually am.

I'd like not to have the desire to want to many other things.

Numbers

O nosso Primeiro disse há uns dias não estar preocupado com os números, referindo-se à manifestação de trabalhadores organizada pela CGTP e que juntou em Lisboa umas 100 mil pessoas. De acordo com a visão do Sr. Sócrates, os números não são um argumento.
Hum, será que vai pensar o mesmo no dia das eleições legislativas?

quinta-feira, 12 de março de 2009

Shoot

Este título remete-me para dois acontecimentos que marcaram a semana. Igualmente marcantes. Os dois na Alemanha. Primeiro não posso deixar de referir o massacre que tirou a vida a adolescentes, professores e transeuntes descuidados, levado a cabo por um adolescente de mal com a vida. Quero deixar aqui um apelo a todos os meus ex-alunos que foram alvo de bullying, sofreram de solidão escolar ou foram humilhados por colegas e alguns professores. Primeiro: sempre gostei muito de todos vocês, ok? As miúdas que troçaram das vossas borbulhas faciais, que mais pareciam erupções vulcânicas, vão ficar gordas e acomodadas, provavelmente vão engravidar cedo e levar tareia do mesmo aluno que vos empurrou contra os cacifos, com muito jeito para os desportos violentos, precoce nos pêlos púbicos e biceps mas atrofiado na compreensão escrita e oral. Vocês terão um futuro bom quando descobrirem que podem ser menos geeks e até tipos interessantes. Às vezes é preciso passar por uns tormentos para perceber isso. Agora, pegar na caçadeira do avô e matar profs e colegas como se de perdizes se tratassem já é outra conversa, sim? O que para vocês é uma simples "payback" só tem uma saída e vocês não ficam bem numa fotografia com os miolos espalhados pelo alcatrão. Para os pais de adolescentes silenciosos, aparentemente nada problemáticos, que recebem poucos SMSs e não têm vontade de sair ao fim-de-semana porque os jogos de matança on-line lhes dão uma adrenalina maior que as teenagers bêbedas no Bairro Alto... comecem a indagar sobre o que se passa no eventual círculo de amigos dos vossos filhos. Mas sempre com jeitinho.
O outro acontecimento marcante são os 7 tiros que o Sporting levou do Bayern de Munique que, a juntar aos cinco secos em Alvalade, perfaz a módica soma de 12. Se o Sporting queria fazer história, conseguiu. Com doze chumbos no lombo não há forma de sobreviver.

sábado, 7 de março de 2009

Democracy

O pessoal precisa destratar-se porque é uma forma de libertar o stress. É compreensível, coitados. Uma data de gajos (maioritariamente gajos, e algumas gajas com o mesmo espírito) sentados à volta de uma gaja que tecla que se desunha, a olhar para as papadas uns dos outros, fruto de longos e frutíferos almoços, e a discutir merdinhas sobre o futuro de 11 milhões de palermas? Poupem-me. Percebo a necessidade de lançar umas ofensas hediondas, até mandar umas cara..... Atenção, os senhores têm o cuidado e a delicadeza de usar os conjuntivos adequados (queira). Que mais se pode pedir? Legitimar estes fait-divers, como os denominam, no espaço aberto das democracias é saudável. Não tem nada de porco e ordinário. Podemos até pôr o hemiciclo no estádio do Dragon, não se notaria a diferença e sempre poderiam mexer as pernocas. Eu cá por mim, na minha modesta opinião, voto sim. Assim posso sempre dar largas à minha literatura: "Se não se importa, caríssima Ministra da Educação, far-me-ia o enormíssimo favor de se fod... com o melhor car.... que lhe aprouver. E se depois quiser ir sempre para o car..., é consigo." Viva a democracia, pá.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Rush


Os humanos são seres cheios de pressa. Tomam banho a correr porque é preciso pensar no meio ambiente. Vestem-se depressa para não chegarem atrasados. Correm para o autocarro vociferando asneiradas se o motorista decide ignorar aquele fundista engravatado. Correm no trânsito, gritam asneirada por cima da voz do locutor da TSF, chamam nomes ao vizinho da frente que ainda vai a dormir. Apitam várias vezes. Chegam a horas para depois estar em pulgas para o intervalo, durante o qual podem sorver um café escaldante (sem sentido figurado) e ver a cinza do cigarro esboroar-se na brisa à medida que o sugam, depressa, muito depressa. Voltam para o segundo round. Saem do combate para almoçar rapidamemente, encostados a um qualquer balcão anónimo, a partilhar espaços com vários engravatados igualmente apressados, agarrados aos folhados e às sopas. Sacodem a camisa. A massa folhada é fodida. Mais uma tarde a correr, os dedos a correr nos teclados, os olhos a perseguir e-mails, reuniões, corridas no trânsito. Fazem telefonemas rápidos. Mandam mensagens pessoais curtas. Aproveitam as promoções das operadoras e gastam menos impressão digital. Têm tanta vontade de fazer chichi como de sair do trabalho. Quando vão à casa-de-banho desaceleram... não vão falhar a pontaria. Quando finalmente saem, já tarde, voltam a correr na selva de escapes e roncos bárbaros, buzinam fortemente, bufam para a janela. Estão cheios de pressa. Chegam a casa, fazem o jantar a correr para poder praticar qualquer exercício físico com o pessoal, sair com o namorado/a, ou até mesmo blogar. Ainda apressados porque custa a desacelerar. À noite, se ainda houver corda para mais uma corrida, aí vão eles - uns fundistas outros mais velocistas - com mais ou menos pressa, dependendo do entusiasmo e da resistência. Aceleram no fim. Chegam! Finalmente. Cansados. Adormecem... depressa, que no dia seguinte voltamos ao mesmo.

Porcupines

Some people have the sensitivity of a porcupines. They never seem to realize whom they touch, when and how. When they have actually noticed their quills have gone into someone's throat or heart, they have already caused too much pain to be ignored.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Absence

Sempre que um aluno falta por motivos credíveis - viagem com os pais para puro entretenimento, ovários cada vez mais activos e perniciosos, enxaquecas capazes de durar um dia inteiro, consultas várias num dentista incapaz de eliminar uma cárie, ausência de alarmes em casa, esquecimento do progenitor em acordar a cria adolescente, problemas nos transportes públicos, problemas em correr para apanhar os transportes públicos, adormecimento súbito logo após o acordar, asmas única e exclusivamente matinais, enjoo e indisposição insuportável causado pelo excessivo consumo de álcool para celebrar o dia de aniversário, entre outras belezas - deve entregar uma justificação ao Director de Turma. O impresso exige que se incluam detalhes como data, dia, motivo da falta e a respectiva assinatura do encarregado de educação (prefiro acreditar que alguns assinam o impresso quando este está em branco).
Num dos últimos impressos recebidos, o aluno indicou:
Faltar no dia tal, às disciplinas tal, por motivo de... AUSÊNCIA.
Por muito que tentasse, não consegui parar de rir.

Pearls (3)

O combate à burocracia é como uma roda quadrada. Quando deixa de ser empurrada, pára.

Eng.º José Sócrates about SIMPLEX 2009

Nada poderia ser mais elucidativo da evolução do nosso país... ou deverei dizer "retrocesso", já que a roda perdeu a sua forma?

segunda-feira, 2 de março de 2009

Pearls (2)

During a talk show on sex (check the title):
Dr. Sue - Go ahead Steve, ask your question.
Steve - My girlfriend seems to have trouble in having an orgasm so I perform oral sex on her sometimes for 3 hours and she still can't make it.
Dr. Sue - Steve, that is not pleasure. That is a marathon. No one should be put to such sacrifice.
Please let your girlfriend know it's also her responsibility to know her body. Tell her to buy a dildo.

Lingerie


Há mulheres que se perdem por lingerie. Eu sou uma delas. Gosto dos brancos e pretos, mais dos brancos no inverno e dos pretos em qualquer altura (falo de soutiãs e cuecas, entenda-se). Gosto dos azuis petróleos e verdes escuros - não me imagino como adepta leonina pronta para o deboche - os vermelhos depende do quão sofisticados sejam. Através de um blog que deu a outro e assim sucessivamente, descobri, pendurado num post qualquer, um conjuntinho de endoidecer, com umas transparências à mistura. Quando dei por mim, andava perdida em sites labirínticos de lojas on-line, sem um fio de ariadne para regressar.


Algumas mulheres perdem-se por lingerie por motivos muito importantes:

- sentimo-nos sempre sexy, nem que tenhamos uma simples t-shirt e calcinha de ganga (não arrisco o fato de treino porque nada pode aproximar uma mulher de fato de treino do conceito de sexy);

- sentimo-nos poderosas, porque os nossos itens de conquista social (quem quiser achar que estou a dar pontapés nas feministas, feel free to comment) andam aconchegados e acariciados por rendas/ padrões/ tecidos finos e requintados, valorizando o material, bien sur. (A valorização do material dependerá, parcialmente, do tipo de almofada que o soutiã leva - wonder, super wonder, ou it doesn't matter);

- a libido aumenta. Podia perfeitamente dizer: sentimo-nos bonitas, mas para isso vou ao cabeleireiro, já que toda a gente me vê a cabeça.


No momento em que partilhamos o nosso novo asset com a pessoa amada, esperamos uma opinião segura e, claro, corroborante. Sentimos que a libido a aumentar não é só a nossa. É bom, é um excelente investimento. E quando esperamos uma apreciação do material adquirido

"Sim, é linda. Mas gosto muito mais de te ver sem ela."

I rest my case.