segunda-feira, 30 de maio de 2011

The Tree of Life




Well, well... what can I say? Let us start with the positive things: a fotografia mais bela que alguma vez vi no cinema. Uma banda sonora etérea. As interpretações muito profundas e intensas, apesar de curtas. Agora... não sei que diga das conversas religiosas, da dicotomia natureza-graça, dos momentos espirituais profundos. Há momentos em que saímos de uma narrativa cinematográfica para um documentário do National Geographic... Digamos que este filme do Malick se equipara às experiências literárias do Lobo Antunes. A narrativa desvanece-se ao longo do filme e a experiência é demasiado alternativa para quem gosta da verdadeira ficção... cinematográfica. Aqui, temos uma espécie de cocktail: Sean Penn, dinossauros, vulcões, Brad Pitt (não há nenhuma associação entre estes elementos já que falo de Tiranossaurus-Rex e vulcões havaianos (se está perdido... experimente isto numa sala de cinema perto de si), constelações, planetas, asteróides, árvores, árvores, árvores, criaturas marinhas, água, água, tubarões, crianças, erva, erva (não cannabis, apesar de parecermos estar pedrados nesta altura), partos, pés, mãos, paraíso... A determinada altura o público sentiu-se defraudado, o stress e incómodo eram evidentes. Regressaram todos após o intervalo. A segunda parte aparente maior normalidade. Ficou toda a gente. Não sei que conselhos dar, se sugira ou não. É diferente de tudo o que já vi. Compraria a primeira parte do filme para ter em casa e ouvir em surround. Não sei que mais diga excepto que tenho saudades do verdadeiro cinema, pure and simple.




Depois uma gaja lê estas interpretações todas tão intelectuais e fica a pensar cada vez mais pertence às massas. Olha, sabem que mais... ainda bem.


quinta-feira, 26 de maio de 2011

The National

Curiosamente, surpreendeu-me pelo crescendo de qualidade musical em simultâneo com a sociabilização do vocalista com o público português. Nada como um bom whisky para resolver a timidez. Gostei da variedade do público: várias cores, várias idades, gerações opostas, tribos completamente distintas. De uma forma geral, pessoas unidas pelo prazer da música. Foi uma óptima noite e um concerto muito bom. I guess it was a good present.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Bad Luck



Sei que tenho descurado a escrita. Sei que tenho negligenciado os eventuais poucos e muito fiéis leitores que me espreitam de quando em vez. Worry not. É por bons motivos. Por vezes há situações de vida que nos ocupam espaço, tempo e alma porque sempre foram tão ansiadas. Vivo uma dessas. Mas essa, de tão maravilhosa que é, fica assim, em silêncio, para não se partir. Guardada como um cabelinho de criança cortado há muitos anos, protegido pelo melhor veludo e cofre mais forte.


Hoje escrevo porque sou uma gaja feliz. Muito feliz. Mas (há sempre a porra de uma adversativa)... há dias, tive o cúmulo, não um simples azar, não. O cúmulo dos azares. O maior de todos. Quase inacreditável. Uma espécie de argumento engendrado pelo Woody Allen e filmado pelo Tarantino. Reza assim:


Recebo uma multa. Até aqui... nada de novo. Imaginei porque seria. Costumo portar-me bem e só acelerei uma noite destas para ver o Real Madrid-Barcelona. Não. Nada de velocidades. Atrasei-me na inspecção do carro. Sim, sou gaja e tenho destas coisas: relações complicadas com carros e toda a logística que lhes está associada. Mas como ninguém me havia mandado parar na semana em que andei a infringir... estranhei. Onde estaria o Shrekzinho verde, de chapéu coquette, para me lixar a vida? hum? Sabem onde estava? Na rotunda antes da Controlauto, exactamente antes de fazer a inspecção e passar.


40 minutos antes da minha inspecção, o gajo autuou-me. He bloody fucked me and I didn't even notice. If that isn't bad luck, I don't know what the fuck is!