sábado, 31 de janeiro de 2009

Eastwood, Clint

Há coisas que este senhor faz bem demais para ser verdade. Uma delas, para além de uma brilhante direcção de actores, é a fotografia. A Angelina Jolie fica perfeita naquela luz, naquele empoeirado de época. A música também é de um requinte e minimalismo raros. O que é mais impressionante é que a bela actriz, que tem mais de bela do que talento para a representação, até parece uma verdadeira actriz, não tão inexpressiva como habitualmente. Por sorte, a personagem retratada quer-se recatada, discreta, uma imagem digna do que era ser uma lady na época. Surtiu a seu favor. A Jolie está muito bem. O filme, no seu todo, está magnífico.

2 comentários:

J. Maldonado disse...

Ainda não vi o filme, mas parece que a crítica em relação ao mesmo tem sido favorável.
Quem diria que um actor de filmes de acção desse um bom realizador...

via disse...

É verdade, este filme impressionou-me pela sobriedade, o rigor, a distanciação, quase como uma alegoria nada psicologista, é pela atitude que compreendemos e não pelo discurso, é o que eles fazem que mostra o que sentem, e não o discurso, é admirável a veracidade de cada uma das personagens e as suas nuances de modo que cada uma é humana, atraída pelos seus abismos e agindo em conformidade com eles. Puro cinema.