sábado, 31 de janeiro de 2009

Eastwood, Clint

Há coisas que este senhor faz bem demais para ser verdade. Uma delas, para além de uma brilhante direcção de actores, é a fotografia. A Angelina Jolie fica perfeita naquela luz, naquele empoeirado de época. A música também é de um requinte e minimalismo raros. O que é mais impressionante é que a bela actriz, que tem mais de bela do que talento para a representação, até parece uma verdadeira actriz, não tão inexpressiva como habitualmente. Por sorte, a personagem retratada quer-se recatada, discreta, uma imagem digna do que era ser uma lady na época. Surtiu a seu favor. A Jolie está muito bem. O filme, no seu todo, está magnífico.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

I want to belong

Daqui a uns anos, podemos chamar a nossa selecção de "Internacional" ou de a Selecção dos "Naturalizados". O propósito de vestir uma camisola por orgulho de um povo, história e cicatrizes é coisa do passado. Sei que por vezes devo parecer um Velho de Restelo mas tenho saudades do orgulho nacional. Porque teremos que perder tanta coisa boa para entrarmos no futuro? Se o futuro reserva espaço apenas para o indivíduo e aniquila toda a noção de grupo porque teremos nós que ter uma selecção? Há muito que deixou de ser um grupo para se tornar um conjuntinho de estrelinhas que querem dar nas vistas e ganhar mais uns trocos e umas quecas com suecas fãs da bola. Tenho pena de gostar tanto de futebol porque nenhum clube ou selecção retribui as verdadeiras paixões. Também tenho pena do Sporting de Braga. Tantos penálties em tanta parte do mundo. Neste cantinho à beira-mar plantado temos medo e eu, se fosse árbitro, também teria muito medo.

Benjamin Button



I have to say... I did enjoy the film. There were some clichés, there are some slower moments but there are also some phylosophical reflections which make us think about the precious moments we get to have with the ones we love. There's a bit of the war, a bit of the 60's, a bit of Brad Pitt looking like James Dean... let me get my breath back...there's a magnificent Cate Blanchett (there's something about these Australians, no man's land, away from it all, a desert and scorching land that gives birth to pearls such as this one, the lost Heath Ledger, Russel Crowe, Geoffrey Rush...). I know neither or them is going to win the Oscar - Brad Pitt is still too handsome to be talented. Poor DiCaprio suffers from the same problem. It seems beautiful women can have it both ways. Handsome men can't have it all. I guess I was about time. The photography of the film is really beautiful and the sets are delicious. It has a nice view about old age. People who we can learn something from and not mere waste.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Let us fly

A clip worth seeing and listening.
Let us peek into the basement and see Andrew fly.


http://www.fromthebasement.co.uk/movie.php?number=02&artist=andrew_bird

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

What shall I do?


Devo ou não planear uma grande viagem aos States para as férias grandes? Devo ao não pedir aulas assistidas? Devo evitar as comparações e misturar-me com os demais ou procurar algum reconhecimento? Devo ficar à espera de um fim-de-semana romântico a dois ou aventuro-me a fazer um novo desporto aos fins-de-semana? Devo acreditar na bondade humana ou reconhecer que a idade da inocência já passou? Devo fazer um seguro de saúde ou ter paciência para esperar na fila? Devo fazer depilação definitiva ou besuntar-me de cera quentinha? Devo ter MEO ou Zon? Devo tomar pílula ou usar condom? Ou ambos? Devo acreditar que estou numa fase de transição ou com vontade de voltar aos "loucos anos 20"? Devo ir ao cinema à sessão das nove e meia no Nimas ou às 10 no Monumental? Detesto tanta pergunta... ultimamente, parece ser a única coisa que consigo fazer comigo mesma: interrogar-me. (Desde que não utilize os métodos Guantanamo estamos bem :)).

The Ultimate Godfather

Freeport, Casa Pia, Madeleine McCain, Alcochete, TGV, os sacos azuis da Fátima, as malas do Isaltino, Vale e Azevedo, prisões domiciliárias com vista para o mar, os jobs para os muitos boys e para os filhinhos de deputados e ex-Presidentes (é favor ver onde andam os filhos do Sampaio, do Guterres, do Rebelo de Sousa...sabiam que uma média de dez permite-vos ser professores universitários?? Têm é de exibir uma testa de alfinete como a de um antigo Presidente), as viagens fantasma dos deputados, o caso dos hemofílicos.... Preciso retomar o fôlego. Portugal tem tudo para se tornar a nova meca do cinema sobre indivíduos fajutos e de índole duvidosa. Se ao menos o Coppola soubesse, estes argumentos lusos batem qualquer Padrinho! O nosso cantinho, que ousa destronar a mítica Itália de Berlusconni, onde toda a corrupção acontece e onde todos fintam uma coisa chamada "justiça", sempre um polvo cego e de tentáculos amputados, é mais que um paraíso. Este país é a verdadeira offshore. Uma espécie de residência sénior para quem perdeu a ética. E o melhor de tudo é ninguém sentir arrependimento, mágoa ou consciência pesada. O tuga é tão acívico e acomodado que os corruptos até podem fingir ser donos de uma moral. Ninguém nota. Venha daí. Get dirty in sunny old Portugal because Portugall is for all!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Ice Skating

Num dia de alguma tensão, depois de reuniões com pais que querem linchar um ou outro professor que teve a leviandade de retirar ao filho o rótulo de génio com que os pais o etiquetaram (é uma dura realidade, mas enfim, alguém tem que a mostrar), depois de ter que ouvir o ladrar cansativo de um cão king size doido para ir à rua e depois de descobrir que a minha médica de família foi de férias por tempo indeterminado (just when I needed her).. chego a casa e, antes de mais umas aulas privadas, destilo esta bílis toda em frente à TV, por meia hora. Parei na Eurosport. Está a dar patinagem artística. Quando vejo todos aquelas jovens elegantes a rodopiar no ar para depois de estatelarem de rabo ao léu, com toda a força na superfície gelada e lixarem as nádegas penso que alguém estará a ter um dia mais tramado que eu.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Home Sick

Homesick significa ter saudades de casa. Eu, a não ser que emigrasse para a Austrália, não tenho saudades de casa. Eu estou em casa com uma gripe- So I am home, sick. E só uma gripe é que me tira das ruas com tanta coisa boa para ver e fazer, a começar pelo cinema. Vem aí a leva dos candidatos aos óscares... e eu em casa. Ai, ai, ai, a taróloga que diz que os caranguejos são caseiros anda a cheirar coisas estranhas.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Health Insurance

Fazemos um seguro de saúde porque queremos evitar as filas, as urgências dos hospitais e dos centros de saúde, para além de baixar o preço das consultas. Não podemos ser segurados se tivermos mais de 60 anos. Andamos anos e anos a pagar a uma seguradora, sempre a rezar para que não sejamos internados num hospital privado (só os loucos ou mesmos os médicos suportam aquele cheiro a éter). Quando começamos a enferrujar, quando os ossos e as células entram na contagem descendente, quando queremos ser atendidos por médicos com cheiro a éter e ficar internados em quartos com televisão e caminha para familiar, descobrimos que passámos dos 60. Não pagamos mais seguro. Mas também não beneficiamos de nada.
É bom viver num país em que a saúde é um negócio como qualquer outro. É mais ou menos como num matadouro, só que os velhotes ficam acondicionados em marquesas nos corredores hospitalares. Ninguém ousaria pendurá-los em ganchos. Não, isso não.

Police Violence

Os polícias portugueses são aparentemente pouco pacientes, existindo em Portugal uma taxa elevada de violência por parte das forças da lei. Concordo com algumas coisas. Houve um senhor que certa vez se tornou cadáver na esquadra de Santarém, tendo perdido a cabeça no decorrer do processo. Literalmente. Há muitos agentes com uma formação inadequada, deficiente, não sendo as pessoas indicadas para a função. Julgam tornar-se senhores de toda a verdade e donos do poder executivo e judicial. As sentenças aplicadas ficam-se pelo imediato: murros, pontapés, agressões com bastões, etc., etc..

Todavia, as situações de elevado risco com que se deparam frequentemente, em particular nos bairros mais problemáticos, sem subsídio de risco, sem garantias de regressarem ilesos para as suas casas e famílias, podem contribuir para diminuir o seu rastilho e a sua paciência.

Gosto em particular da intervenção social, dos amiguinhos dos necessitados que erguem a voz contra os homens da farda quando estes não lhes dão as explicações devidas. Eu entendo que se trata de um ciclo vicioso. Pobreza, roubo, violência...droga, car jacking... E sei que alguns podem ser salvos. Também já vi uma mulher polícia, em frente à minha escola, que pedia a um grupo de adolescentes que se afastasse do portão, ser pontapeada e esmurrada sem apelo nem agravo. Às vezes, uns putos apanham por tabela. Ela bem gritava "Quando vos apanhar na esquadra, fo...- vos todos!". Interrogo-me qual seria a reacção dos amigos dos bairros em vias de desenvolvimento e dos pobres eticamente desorientados se assistissem a esta cena ao vivo. Não censuro as suas palavras.
Um jovem foi morto na Falagueira. Tinha roubado um carro. É a vida pobre, é a miséria. Eu já fui pobre, nunca passei fome mas nunca tive ténis de grandes marcas. Havia prioridades. Ter uma boa casa, sem fendas e rachas e um tecto em condições. Nunca me deu para roubar carros. Vi na escola uma saída e nunca liguei muito às máquinas. Fui bem acompanhada. Este jovem tinha 14 anos. Era um miúdo. Um miúdo pobre. Um miúdo pobre que andava a roubar carros. Um miúdo pobre, ladrão, que apontou uma arma ao polícia. Os manifestantes que atacaram os homens de farda na Falagueira deixam sempres este pormenor para o fim. Pode ser mentira. Nos tempos que correm, fica bem sermos politicamente correctos. A Força de Elite mostrou-nos essa hipocrisia. Os portugueses ainda estão no começo da pirâmide. Vamos atacar a autoridade. Fica sempre bem.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Cold

Há momentos em que o frio invernal se instala nas ruas, de forma embrionária, para, mais tarde, num crescendo de força, invadir as nossas casas, aconchegando-se nos sofás e nas camas, em luta desigual com os cobertores e as lareiras. Quando zéfiros gelados, portadores de vírus renitentes, se esgueiram pelas portinholas do nosso corpo, abrem-se alas para um infecção que nos impede de respirar, de pensar convenientemente, de se incendiar o desejo. Somos como portadores de alienígeas, prestes a ceder aos arrepios, às frieiras e à geada, pintando os quentes órgãos de um azul glaciar translúcido.

At last


Este é um momento inesquecível que o mundo aguarda com ansiedade. A despedida de um Presidente costuma estar eivada de alguma nostalgia quer este tenha tomado um decisão impensada com consequências infinitas - Truman -, ou procurado manter o seu domínio através de meios menos lícitos - todos + Nixon - , ou até ignorado o protocolo para a normas de etiqueta a respeitar na sala Oval - será preciso mencionar...ok, o sr. do saxofone. A despedida deste Presidente ,que pelas suas semelhanças físicas com o homem de Neardenthal deveria fazer com que os americanos questionassem a teoria criacionista, não me puxa à nostalgia. Dá-me mais para o alívio. Até que enfim, pá. Não há mal que sempre dure.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Alá can't even imagine....

As declarações de D.José Policarpo devem ter alguma justificação. A meu ver, a tormenta e os "sarilhos" das pobres mulheres católicas começam logo pelos rituais da oração, senão vejamos:
Ela: "Eu já não te disse, Mohamed, que queria esta velharia rançosa e gasta trocada por um tapete de Arraiolos?!
Ele: Eu sei, Maria Celeste, mas este pertencia ao meu pai, Hassan, e ele gostaria que eu mantivesse a tradição.
Ela: Tradição? Deves estar a gozar, até parece que eu não tomo a pílula e não te ponho a camisinha! O papa que vá perseguir o aquecimento global dos homossexuais!
Ele: Devias respeitar a tua religião, Maria Celeste. Nem sequer tens o teu texto sagrado.
Ela: Texto sagrado?! Já visto o espaço que o "Coirão" me rouba ali para a Bimbi?! Se eu soubesse os sarilhos em que me estava a meter, nunca me teria casado contigo. Se Alá soubesse a trabalheira que me dá, arranjava-vos umas coisas mais simples. Um simplex religioso, sei lá. Rezavas as cinco vezes de uma só vez e para qualquer ponto cardeal. E aquela bússola está mesmo fora de moda, caraças!

Happy Birthday

Hoje o meu blog fez um ano. A coisa vai de vento em popa. Ainda não me cansei de gritar, se chorar, de partilhar e de dar muitas gargalhadas. Obrigada a todos os loucos q.b. que por aqui têm deixado as suas muito sábias e experientes contribuições. Pensei que só amanhã é que este espacinho celebrava o seu primeiro aninho mas afinal nasceu a 15 de Janeiro do ano passado. Muita coisa mudou, muita coisa evolui e muitas outras coisas mantiveram-se iguais. Uma delas é o marasmo deste meu país e povo, por isso este blogzinho toddler ainda tem muito que crescer! Um dia, saio eu do marasmo e vou para a rua gritar! Por agora, vou beber leite quente com mel que tenho uma constipação fo..... Happy birthday, sweety.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

The Commandments

Na sapiência e grandiosidade dos mandamentos divinos está incluída uma premissa machista que acaba por conferir alguma liberdade a todas as Evas deste mundo, muito depois da decisão esfaimada e inconsequente de trincar a maçã: "Não cobiçarás a mulher do próximo!". Exceptuando os casos em que as ladies nascem todas com uma tendência para cobiçarem Evas do mesmo sexo, ou como se diz na minha terrinha retrógrada, ser "fissureiras", seremos, por enquanto, totalmente livres para cobiçar o homem da próxima. Verdade?

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Enemy

A maior inimiga de uma mulher é a expectativa.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Ethimology

Os lampiões na canção "Porto Sentido" de Rui Veloso passaram a ser os adeptos do Benfica. O Vasco da Gama é perto do Pavilhão Atlântico e da Ponte com o mesmo nome, não passando de um mero centro comercial. "Burn", quando surge no verso "I burn for you", indica-nos que alguém simpático nos grava os cds e não leva mais por isso. Na América fala-se americano porque é a língua da informática. Logo, no Brasil deve falar-se brasileiro porque os índios dançavam samba, na Argentina dança-se tango porque é uma variante das sevilhanas. E a América foi descoberta pelos espanhóis porque é a língua que se fala lá. Depois os espanhóis emigraram para Cuba e criaram uma empresa de charutos, importados da Holanda.
A História tem a guilhotina a namorar-lhe a cabeça e os significados mais nobres das palavras e seus referentes andam à roda, como o Euromilhões. Bem-vindos ao presente. Let the gones be bye-gones, and while you're at it, bury them.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Words


Some words are better left unsaid. If you say them it means you'll hurt the ones you love. If you don't, those pieces of coal will be scratching your throat and darkening your heart. Words are stuck and heavy for some, who keep them in whilst others set them free, out in the open, into someone else's hears, heart and grudge. Either one chooses to be heavier and polluted or log down those around with sharpened, edgy, killing syllables. Adicionar imagemNo matter what, there's always a victim.


SexShop

Fomos às compras à sexshop. Mulheres desinibidas num mundo de homens tarados. Ou vice-versa. Tanto se me faz. Desinibidas não tanto, a fingir que o éramos. Não pode uma pessoa acabar um cigarro à entrada da loja, porque quem passar vai achar que vamos à procura de coisas malandras, perniciosas, indecentes?! Pois é, vamos mesmo. Todas as mulheres deviam ter uma kinky drawer. É essencial aos fluidos humanos e à boa disposição, quando não há consolo vivo por perto.
A escolha revelou-se difícil: há os realistas, gelatinosos, com pérolas, lisos, clean, pequenos, grandes, impróprios para consumo, com relevo, com adereços, com cabeça de golfinho, cabeças giratórias, de amora, com rugas, ... ficámos baralhadas, confusas. Havia bolinhas, mini-dedos, borboletas, ovos vibratórios com comando (imaginem se o comando fosse parar às mãos erradas), preservativos com relevo, gel, bombas, filmes (cujo conteúdo será escusado indicar), dedeiras, comprimidos miraculosos, bonecas e bonecos insufláveis, chicotes e muito, muito mais. Até pilhas! Essenciais, claro. A escolha foi difícil e passou por muitas opiniões e escrutínios (não creio que um homem se sentisse muito feliz quando são discutidos aspectos que lhe são tão queridos, de uma forma perfeitamente insensível.). No fundo, há que procurar o melhor produto e fazer uma compra consciente. É como ir ao supermercado, só que desta feita, não trouxemos o carrinho cheio. É tudo caro que se farta. Valeu pena risota e pela descoberta deste nicho de mercado, onde valerá a pena investir, quando os portugueses se "soltarem" mais. O que comprámos? Now, it's hidden... in some kinky drawer in the house.

sábado, 3 de janeiro de 2009

The Wake

Não gosto de velórios. Pelas razões óbvias da perda e sofrimento inerente à mesma. Todavia, o que me irrita verdadeiramente é a conversa de fundo, de quem está cansado de velar um corpo que não lhe faz falta em casa, que já chorou a sua parte quando prestou as condolências à família e agora está sentadinho para pôr a conversa em dia.
Seria mais prático, objectivo e feliz para quem deixou o mundo dos vivos que a sua memória fosse lembrada entre risos, abraços e relatos de histórias passadas, assim como fazem os americanos. Dispensaria a parte da comida. Mas a bebida devia ser obrigatória. Enfim, seria menos medieval e penoso.
Já começo a ir a demasiados funerais de amigos dos meus pais. Esta inevitabilidade do tempo angustia-me muito. Curiosamente, horas mais tarde, só me apetece sair e dançar. Celebrar a vida e os que me rodeiam em vida. Sou uma privilegiada. Não perdi ninguém que me é próximo e já passei os 30. Hoje, a dor da minha amiga de infância, que perdeu a mãe, é irreparável. Apesar dos pesares, perdemos a nossa ligação umbilical. Apesar de ter construído uma família linda, ter dois filhos adoráveis e um marido que é um verdadeiro companheiro e isto a poder ajudar nos dias que virão, fica ali uma ferida aberta. Uma dor imensa que nos desampara para o resto da vida. Até que alguém nos chore da mesma forma e se agarre ao nosso corpo frio e hirto quando enterramos a ferida connosco.