segunda-feira, 28 de abril de 2008

Parenthood

Ouvia na antena3 uma discussão sobre a influência e pressão parental sobre os filhos. Tema muito em voga, porque há conselhos escritos para tudo, até para ensinar a prática da paternidade. Há quem queira os filhotes perfeitos e lhes molde todos os passos, incluindo as bolachinhas ingeridas. Há quem os queira livres, usando e abusando da permissividade. Há quem os queira felizes, sendo incapazes de responder "Não". Todos pecam por excesso ou por defeito. E os miúdos lá saem adultos excessivos ou defeituosos, com auto-estima a rebentar pelas costuras ou com uma carência infinta, como se precisassem cumprir aquilo que os pais deixaram pendente. Não há fórmulas perfeitas. A felicidade é compatível com os limites. A liberdade implica erros. Mas a verdade é que não há ninguém perfeito. Ninguém. Provavelmente, a asneira começa no momento em que se julga que a perfeição é um feito nosso. Se aceitarmos os nossos filhos por aquilo que são (incluem-se defeitos toleráveis, logo assassino e psicopata social requerem um esforço adicional) talvez resultem em adultos normais e giros. Lá terão os seus defeitos mas é isso que lhes dá piada. É na diferença que reside o mistério da vida, não na cópia dos progenitores: "Não sei a quem sais assim! A mim não é de certeza e muito menos ao teu pai!" :))))

2 comentários:

Bruno Miguel Pinto disse...

Ó Cassandra, não me leves a mal, mas usares letra azul escura num fundo preto é mesmo dificultar a vida ao ciber-leitor...

Cassandra disse...

Isso é porque ainda não espreitaste o verdinho da última mensagem:). As minhas desculpas.