Portugal é o 7º pais mais velho da Europa. Infelizmente os portugueses parecem ter-se esquecido das etapas essenciais à reprodução, pelo menos de acordo com o nosso Chefe de Estado. Na realidade, continuamos a gostar de praticar e a fazê-lo com empenho. A verdade é simples: não temos empregos estáveis, os que temos exigem cada vez mais de nós - tempo e dedicação essenciais para uma criança-, são poucos os avós disponíveis a tempo inteiro (ou estão demasiado ocupados na sua reforma, e ainda bem, ou estão tão esgotados que já não conseguem mudar fraldas, ainda que descartáveis) e, sejamos honestos, os infantários estão pela hora da morte. A nova geração de jovens não só protela a sua maturidade como também é responsável o suficiente para adiar o nascimento de crianças. A conjuntura perfeita para trazer uma criança ao mundo é cada vez mais utópica, logo... vamos adiando.
Mas Portugal é também o 2ºpaís da Europa com mais mães adolescentes. Somos batidos apenas pela Inglaterra. Ora na Inglaterra uma mãe adolescente tem direito a um subsídio e a uma casa num qualquer bairo social, facultada pelo estado. Ao que sei, em Portugal as mães adolescentes tem direito a uma infância roubada, a dificuldades financeiras, a futuros comprometidos para os seus filhos. Agora pergunto eu? O que é preciso fazer para que menos crianças dêem à luz outras crianças neste país???? Tenho duas alunas grávidas. Uma tem 16 anos. A outra 14. Os putos são para nascer. A escola nunca foi uma prioridade face à relação amorosa com rapazitos maiores de idade mas menores no entendimento. As precauções não existem até porque "só acontece aos outros" e ficar grávida é uma realidade tão constante no bairro e na família que não há preocupações acrescidas. Olho para elas e interrogo-me o que vai naquelas cabecinhas iluminadas...porque naqueles úteros vem o aumento da taxa natalidade a caminho! Serão o afecto inexistente e as familias disfuncionais a explicação? Muito provavelmente. Juntamos-lhe a pobreza, a falta de informação, a saturação mediática e social de estímulos sexuais e a falta de auto-estima e temos uma adolescente que faz tudo para provar a um marmanjo que o ama. E duas cabecitas inconscientes criam um novo ser, inconscientemente. O melhor disto tudo é a simplicidade presente nas suas respostas: "Estou grávida mas é fixe porque agora não vou ter que fazer Educação Física". Parece-me bem. Além de ter o futuro comprometido o puto já vai nascer preguiçoso.
Até os bebés estão em extremos no que toca ao Portugal de hoje. Não sei qual o melhor.
Mas Portugal é também o 2ºpaís da Europa com mais mães adolescentes. Somos batidos apenas pela Inglaterra. Ora na Inglaterra uma mãe adolescente tem direito a um subsídio e a uma casa num qualquer bairo social, facultada pelo estado. Ao que sei, em Portugal as mães adolescentes tem direito a uma infância roubada, a dificuldades financeiras, a futuros comprometidos para os seus filhos. Agora pergunto eu? O que é preciso fazer para que menos crianças dêem à luz outras crianças neste país???? Tenho duas alunas grávidas. Uma tem 16 anos. A outra 14. Os putos são para nascer. A escola nunca foi uma prioridade face à relação amorosa com rapazitos maiores de idade mas menores no entendimento. As precauções não existem até porque "só acontece aos outros" e ficar grávida é uma realidade tão constante no bairro e na família que não há preocupações acrescidas. Olho para elas e interrogo-me o que vai naquelas cabecinhas iluminadas...porque naqueles úteros vem o aumento da taxa natalidade a caminho! Serão o afecto inexistente e as familias disfuncionais a explicação? Muito provavelmente. Juntamos-lhe a pobreza, a falta de informação, a saturação mediática e social de estímulos sexuais e a falta de auto-estima e temos uma adolescente que faz tudo para provar a um marmanjo que o ama. E duas cabecitas inconscientes criam um novo ser, inconscientemente. O melhor disto tudo é a simplicidade presente nas suas respostas: "Estou grávida mas é fixe porque agora não vou ter que fazer Educação Física". Parece-me bem. Além de ter o futuro comprometido o puto já vai nascer preguiçoso.
Até os bebés estão em extremos no que toca ao Portugal de hoje. Não sei qual o melhor.
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