Dizia a minha tia sobre o recente fim de um casamento de um outra afilhada sua (isto dos divórcios parece praga): "A mãei só fala contra o gênro mas eu óvi-a (à filha) a respondê-le (ao marido) "à besta". Foi na Páscoa. O coitadinho do rapaz, tan delicado, disse-le qálqé coisa e ela dê-le um coice... e ê penséi - o cáldo tá intornado. Agora dêxou-o. O rapaz já tinha indo travalhár pá Alemanha e ontrodia ela saiu de casa, nei. Tu já me biste isto!! A priga dêxo-o e ele abalou de bez pra travalhar lá. Os pais dela queriêm savêri e ela lebou-o lá a casa e disse: "Ê já nam gosto dele. E ele tem outros gostos!"
O rapazinho é uma simpatia e agora tam-lhe a pôr este defeito assim, néi, cume s'ele fosse paneleiro, nã tá bem. Ela tava bem era calada, ai ai. Rais ca ta partissa mas ó dinhêro qu'ê gastei na merda do vestido."
E é assim. Uma pessoa deixa de amar... Uma pessoa descobre que afinal é gay... Mas há que pensar bem nestas probabilidades antes de se escolher a madrinha.
2 comentários:
Este episódio demonstra que o casamento para a maioria dos portugueses (tradicionais) não passa dum mero acto social com pompa e circunstância. Ou seja, releva-se mais a aparência que o resto...
Por isso não tenciono casar nos próximos cem anos... :))
Podes sempre optar por um casamento em Las Vegas, com roupinhas muito pirosas e com os duplos do Elvis como testemunhas. Só conta mesmo a intenção e a vontade dos noivos :)
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