Eu, que até nem gosto do senhor, dado os seus ares de arrogante, prepotente e supra-sumo do conhecimento e da humanidade, vejo-me obrigada a concordar perante esta visão do Facebook. Eu, que passei oficialmente a detestar o homem que abomina a profissão docente (deve ser por saber como a irmã trabalha e eu sinto-me perfeitamente à-vontade para a avaliar dado que fui sua aluna no ensino superior), vejo-me obrigada a concordar com o gajo/ comentador/ fumador compulsivo/ engatatão de capa de livro. Eu continuo a ter poucos amigos online e continuo a dar muitas, muitas negas. Não consigo manter amizades virtuais. Lamento. Gosto demasiado dos meus amigos para reduzir o conceito do amor que sinto por eles a listas infinitas de desconhecidos solitários.
6 comentários:
1. É interessante o artigo MST, mas completamente discutível.
Ele tem razão nalguns aspectos, mas na maioria das vezes eles demonstra desconhecimento da realidade da Cibercultura.
2. Para pessoas mais afectivas e menos tecnológicas é natural que a Cibercultura não lhes diga nada.
As relações virtuais têm o seu lado interessante, pois permitem encurtar a distância e ao mesmo tempo incentivar a troca de ideias.
Tudo depende da forma como se utiliza as redes sociais.
Conheço muito boa gente que as usa como caderneta de cromos. É absurdo, pois não é esse o seu verdadeiro fim.
3. No meu caso pessoal já conheci muito boa gente no mundo virtual que doutra forma não seria possível no mundo real.
Eu sou pró-cibercultura, por isso não temo o mundo virtual. Quem se desenvencilha no mundo real, está apto a lidar com os contactos virtuais.
4. A propósito da temática da Cibercultura, recomendo-te a leitura do sociólogo brasileiro André Lemos, que muito admiro e com quem já tive oportunidade de trocar ideias nos idos 90, quando despontou esse fenómeno:
http://www.blogger.com/profile/07521127859525303323
É um dos maiores estudiosos lusófonos desse fenómeno.
O MST devia tê-lo lido antes de ter dito algumas patacoadas no seu artigo...
Maldonado:
apesar de ser muito discutível o artigo em questão, também considero muito discutível o poder e as ligações estabelecidas através do mundo virtual. Há que ser selectivo, é evidente e incontornável, se queremos encontrar pessoas capazes em termos de valores e opiniões. Todavia, considero que a cibercultura abre as portas a muita forma errada de se estar e de nos relacionar com os outros. A maldicência nunca esteve tão em voga e, desta feita, escondida através de um qualquer nome anónimo e acovardado. Tem coisas boas e más. Todavia, uma amizade e/ou relacionamento que implique afectos vingará apenas num universo real. Embora esta seja, claro, apenas uma opinão. Agradeço, desde já, a sugestão.
1. "A maldicência nunca esteve tão em voga e, desta feita, escondida através de um qualquer nome anónimo e acovardado."
No mundo real também acontece o mesmo, com ou sem identificação.
O mundo virtual também é um reflexo daquilo que somos no real.
2. "(...) uma amizade e/ou relacionamento que implique afectos vingará apenas num universo real."
Dizes bem: que implique afectos. É que nem toda a gente, mesmo no mundo real, necessita dessa dimensão afectiva do contacto intersubjectivo...
Nem toda a gente poderá percepcionar a real dimensão do contacto virtual. É preciso estar-se imbuído dum espírito que transcenda as convenções...
A propósito concordo com o Pedro Rolo Duarte:
http://pedroroloduarte.blogs.sapo.pt/114610.html
No fundo o MST com as suas polémicas não passa dum exibicionista que gosta de ter a atenção do público...
Talvez seja por isso que detesta tanto a blogo...
Sinceramente nem acho que seja muito polêmico o que o MST comentou sobre as comunidades virtuais. Aqui como no mundo real, boa parte das pessoas só procuram o fácil e/ou a exibição. Angariar uns centos de 'ligações' é apenas um coleccionismo para satisfazer um ego a precisar de alimento.
Mas este mundo virtual tem muito 'sumo', é só preciso ter o trabalho de o descobrir e a inteligência de saber seleccionar.
O Facebook não me diz nada (embora tenha lá perfil), vir ao teu blogue e outros que me desafiam a mente é algo com que este mundo virtual me pôs em contacto e que de outra forma nunca vos teria conhecido. Portanto o critério e a selecção estão sempre do nosso lado, só temos que os saber usar.
Apenas um gajo:
concodo contigo, parece-me, de facto, uma questão de ego levada ao extremo. Coleccionismo também me parece bem :)). Obrigada por fazer parte da tua selecção. É muito lisonjeiro.
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