Ontem fomos ver um filme muito interessante. Meio ficção, meio documentário, sobre uma turma de um colégio em Paris. Uma turma muito problemática, muito agitada, muito heterogénea, muito violenta. E sobre o coitado do professor, que tanto faz, que tanto aguenta, de quem tanta gente se ri. Porque é fácil estar sentado e rir quando não é aquele o nosso trabalho. Houve momentos em que a raiva e angústia que aqueles actores procuravam retratar me foram tão presentes que até me apeteceu berrar.
Para além disto, quais são as probabilidades de estar ladeada por dois líderes políticos? Poucas. Do lado direito, contrariamente ao esperado, tínhamos o Louçã, e do meu lado esquerdo, António Costa. Não sei se aprenderam alguma coisa com aquelas imagens. A esposa do Presidente da Câmara estava muito divertida. Quiçá por não ter que aguentar perguntas indiscretas e agressões verbais no seu local de trabalho. Tudo me leva a crer que estes senhores e muitos outros serão a favor da nova proposta de lei relativamente à inexistência de "chumbos" até ao 9º ano. Segundo o Vitor, vamos importar um modelo sueco. Já agora, por que não importamos os suecos também? Porque esses trabalham, estudam e merecem passar. Com mais leis assim, giras e construtivas, profundamente didácticas, no futuro teremos jovens como estes da "turma" francesa mas nas empresas privadas e no funcionalismo público. Sinceramente, não entendo como podemos ser tão cegos, ignorantes e incrivelmente ingénuos. Pensemos nos Portugueses sem regras e/ou penalizações por um instante... Quem se dava sequer ao trabalho de colocar o cinto de segurança antes de haver multas pesadas?
2 comentários:
Já ouvi falar desse filme, mas ainda não tive oportunidade de vê-lo.
Parece-me ser em estilo Dogma, não?
Realmente tiveste muita sorte de estar ladeada por dois políticos dos antípodas da política portuguesa...
Sim, pode considerar-se filmado de acordo com as "regras" Dogma. Foi uma golpada de sorte, sim. Ah, os senhores viram-se mas não se cumprimentaram. O filme vale a pena, aconselho vivamente. Também ajuda a perceber as razões que levam alguns professores para a rua.
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