Lembro-me de achar que os "white-collar jobs" é que eram. Andar de pastinha e livrinhos era o meu sonho. Também não me importaria de andar fardada de "aeromôça" (tenho que me adaptar ao novo Acordo... pausa para o vómito...), servir cafézinhos ao comandante a fazer umas travessias oceânicas de vez em quando. Optei pelo ensino. Até era boa aluna. Pronto, era muita, mas muita boa. Mas no final de contas, a minha escolha coloca-me ao lado dos jumentos. Refiro-me mesmo aos animais. Não é que fui escolher a profissão menos acreditada, mais vilipendiada e vulgarizada do nosso país de doutores? Afinal a massa cinzenta continha pouca esperteza. Quem me dera ter um "blue-collar job" agora, como por exemplo esteticista. Não há lady que não queira tirar o pêlo e com a abundância de portuguesas peludas, estaria eu bem de vida. Se não fosse isso, quiçá agricultora ou jardineira. Dizem que as flores crescem se falarmos com elas. Ao menos com a população verdejante veria alguns resultados...
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