Deve ser do frio. Talvez seja por lhe chamarem a rentrée. Entro numa loja de música Melhor, num supermercado de consumo cultural. Acabaram-se as belas lojinhas de especialidade. Mataram a minha tão querida Valentim de Carvalho no Campo Grande. Antes de apanhar o autocarro descobria umas preciosidades. Foi lá que descobri a Calcanhotto e o seu "Marítimo". Era ela uma miúda. E eu também. Esteticamente mais pobre mas paradoxoalmente mais sensível.
Agora, sem os escaparates elitistas das lojas de música vejo-me obrigada a partilhar o meu espaço com maníacos dos jogos informáticos e famílias obesas fãs incondicionais dos plasmas king-size. É tudo ao molho e fé no discernimento e bom-gosto. Entro numa Fnac e oiço umas coisas. Nesta época, sabe-se lá porquê, há muitos nascimentos musicais. Alguns mais interessantes que outros. Editors, Muse, David Fonseca, Michael Bublé, Kings of Convenience, etc, etc... Apetece-me trazê-los a todos para casa. Essencialmente porque as multidões que encontro me tiram a vontade de ouvi-los o suficiente para poder escolher com a devida calma. Cantinhos especiais precisam-se.
1 comentário:
A massificação cultural tem dessas coisas... :)
Ainda assim prefiro a FNAC a qualquer outra loja. Gosto dele, não sei porquê...
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