Desde o aparecimento dos Silence 4 que a voz deste belo rapazinho, de composição franzina, vindo de Leiria (parece que por estas bandas a produção é boa) deixou antever um futuro promissor. Desde os primórdios da sua aventura a solo que sou uma fã incondicional de David Fonseca. O facto de cantar em inglês não me desagrada e acho compreensível. A língua de Sua Majestade permite voos mais altos. Todavia louvo as maravilhas linguísticas e melódicas que os Clã fazem com a nossa língua-mãe.
Outra das coisas que favorecem David, nos espectáculos ao vivo, é o seu contínuo diálogo sedutor com o público, expondo as suas "fragilidades" e a história de cada música, em textos com certeza previamente preparados mas não menos deliciosos. O cantor não se importa que as suas pernas pareçam canivetes, que o público ria das suas gafes ou até mesmo que alguns comentadores do universo virtual alertem os ouvintes para se esconderem num qualquer abrigo anti-aéreo cada vez que um novo disco deste rapazito sai no mercado. Os pontos a favor são muitos: uma voz poderosa e límpida, uns olhos de um castanho-avelã invasivo e um talento para tudo o que é nota musical. Quem sabe recriar grandes êxitos, oferecendo-lhes uma roupagem alternativa também é original ( mesmo que achem que o novo Rocket Man assassinou a versão do Elton John, o que interessa isso).
Gosto principalmente de sentir que a minha geração deu bons frutos. Há por aí talentos que foram apaixonados pelo vinil e seduzidos pelas músicas anglo-saxónicas, long before the Video Killed the Radio Star; há quem tenha sentido que lhes leram os pensamentos quando Bruce Springsteen cantou I'm on Fire; há quem tenha gritado, gemido, uivado (ou se a alguém ocorrer um verbo que denomine a gritaria do eterno rei da pop) como Michael Jackson e continue a querer dançar qual zombie sempre que ouve Thriller.
Outra das coisas que favorecem David, nos espectáculos ao vivo, é o seu contínuo diálogo sedutor com o público, expondo as suas "fragilidades" e a história de cada música, em textos com certeza previamente preparados mas não menos deliciosos. O cantor não se importa que as suas pernas pareçam canivetes, que o público ria das suas gafes ou até mesmo que alguns comentadores do universo virtual alertem os ouvintes para se esconderem num qualquer abrigo anti-aéreo cada vez que um novo disco deste rapazito sai no mercado. Os pontos a favor são muitos: uma voz poderosa e límpida, uns olhos de um castanho-avelã invasivo e um talento para tudo o que é nota musical. Quem sabe recriar grandes êxitos, oferecendo-lhes uma roupagem alternativa também é original ( mesmo que achem que o novo Rocket Man assassinou a versão do Elton John, o que interessa isso).
Gosto principalmente de sentir que a minha geração deu bons frutos. Há por aí talentos que foram apaixonados pelo vinil e seduzidos pelas músicas anglo-saxónicas, long before the Video Killed the Radio Star; há quem tenha sentido que lhes leram os pensamentos quando Bruce Springsteen cantou I'm on Fire; há quem tenha gritado, gemido, uivado (ou se a alguém ocorrer um verbo que denomine a gritaria do eterno rei da pop) como Michael Jackson e continue a querer dançar qual zombie sempre que ouve Thriller.
O David Fonseca tem piada, as canções ouvem-se muito bem (embora as mais interessantes não passem na rádio - "Adeus"; "Haunted Home"; "When you hit the floor"; "My Sunshine and my Rain"; "Eu não sei dizer") - e há que libertar-se dos fantasmas depressivos dos Silence4. Há momentos para tudo na vida, sendo o lamento e a rebeldia constantes associados a uma juventude perturbada. David tem umas reminiscências da altura mas soube evoluir, crescer e tornar-se um cantor de massas. Como tudo o que é massificado em Portugal também ele sofre a guilhotina das elites afrancesadas e passa a ser catalogado como "seca, banal, pouco profundo". Enfim, entre dores de cotovelo, pretensões de especialistas e puristas da língua, eu, como boa representante do povão que sou, gosto do rapaz e para mim, David "tu és grande", assim como o Golias. Portanto, atira-lhes uma pedra à testa e segue em frente.
(Se eu soubesse pôr música nesta coisa, presenteava o meu blog com uns sons bonitos do cantor, ou sons do cantor bonito. É nestas alturas que destesto a minha aversão pelas máquinas!)
2 comentários:
O que heide eu dizer desta última frase?! Hummm... melhor não dizer nada, senão pensas que sou ciumento :-)
Correcção: ...hei-de... :-)
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