quarta-feira, 4 de junho de 2008

Real love

A palavra passional está demasiado associada ao crime e por isso foi perdendo aos poucos a sua conotação positiva. Porque penso que a intensidade amorosa se está a perder, porque penso que já ninguém vive mal sem a pessoa amada e porque encaixamos o amor como mais um pagamento mensal, procuram-se verdadeiros apaixonados que queiram relatar paixões assolapadas, capaz de transformar vidas para sempre ou até mesmo transtorná-las para a eternidade.

É favor deixar os relatos na secção de comentários (aceitam-se estados febris, loucuras momentâneas, tentativas de suicídio, mudanças de país... entre outras coisas).


A ausência dos mesmos vai levar-me a concordar por completo com o Miguel Esteves Cardoso, porque até agora queria acreditar que se tratava de uma mera fase morna do amor.
" Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha "entram em diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornam-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor tornou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica da camaradagem. A paixão, que deveria ser desmedida é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas..."
"Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há. Estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem"... (...) romanticidas ...(...)"

1 comentário:

manhã disse...

recuso. já disse. para mim ou é ou não é, se é, olha é mesmo para não pensar, dar, e depois não há, há agora e há para sempre. mais ou menos, negociar, tá bem nas sextas, mas nas quartas...que se lixe! vamos mas é ouvir o Rodrigo leão e bater o pé a compasso!