O filme de Steve McQueen é muito bom. É muito plástico, muito cru e muito violento. É uma história demasiadamente penosa e cruelmente real. Não consigo deixar de admirar quem se sacrifica por uma causa. Quem recusa levar comida à boca durante mais de 62 dias por uma identidade. Bobby Sands fê-lo por um pedacinho de país que não era nem terra de ninguém nem de Sua Majestade. Era um pedacinho irlandês. Negociado entre a República da Irlanda e o UK, mas originalmente irlandês. Os ingleses não devem gostar deste filme. Nem as pessoas susceptíveis. Eu gostei. Não sou inglesa nem susceptível, pelos vistos. É inovador na apresentação das personagens, na montagem, na fotografia. É sobre uma causa. A fome é só um meio para um fim. No fim, não há meio de termos apetite. Não há bela sem senão.
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