domingo, 2 de janeiro de 2011

Voyeurism

Sometimes we pick up a book and pry into someone's inner secrets. We discover brilliant minds at the age of sixteen and complex worlds we never thought possible. Diving into an intricate woman's diary, sharing her most deepest torments and beautiful visions takes us away from our barren insipid reality. As I lingered through Sunsan Sontag's diary, I realized someone else was prying into my reading, as if the words absorving me were part of my intimacy. Someone else was being as voyeuristic as me. When I caught the spy red-handed, he blushed and dove back into his book. I got up and left at page 101.
"Quem inventou o casamento era um engenhoso torturador. É uma instituição devotada ao entorpecimento dos sentidos. O objectivo absoluto do casamento é a repetição. O melhor que pode aspirar é a criação de fortes dependências mútuas.
As discussões acabam por se tornar irrelevantes, a menos que um dos dois esteja sempre preparado para as levar por diante - isto é, a acabar o casamento. Por isso, depois do primeiro ano, deixa-se de "fazer as pazes" depois de discutir - recai-se num furioso silêncio, que passa a silêncio normal e depois tudo recomeça novamente."

Susan Sontag, Renascer, Diários e Apontamentos

3 comentários:

J. Maldonado disse...

Subscrevo sem reservas.
A Susan Sontag era uma pensadora brilhante no campo das relações...

via disse...

o casamento e a Sontag não se davam bem, ela tinha demasiados sonhos, os sonhos são muitas vezes incompatíveis com os casamentos e vice versa, como é óbvio. beijo miúda

Cassandra disse...

Obrigado pela visita de ambos.
Eu prefiro acreditar que, tal como o outro, o sonho comanda a vida. Com ou sem casamentos...