C1- Não sei há quantos anos não mudo a cama!
A- Ah, sim? Então porquê?
C- O meu marido é tão obsessivo que só como ele faz é que está bem. Então eu faço-lhe a vontade... deixo-o fazer. Há vários anos. (ri-se)
A- Bem, o meu namorado também acha que só ele sabe colocar as embalagens de leite por data... mais recentes atrás, mais velhas à frente... passo-me com estas picuinhices.
C- O teu namorado não enfia cotonetes no ralo do lavatório para limpar, pois não?
A- Isso não.
C- Então não sabes o que é ser picuinhas.
C2 - A minha cunhada é mesmo loira burra.
A- Porque dizes isso?
C2 relata vários episódios, todos sem qualquer momento de humor. As restantes três mulheres, ainda a tentar digerir o almoço simpático não fazem o mínimo esforço por rir ou tentar entender.
A -Porque casou o teu cunhado com ela?
C2 - Não faço a mínima ideia.
M - Ela é gira?
C2- Nada!
A, C1 e M ficam em silêncio mas conseguem ler nos silêncios umas das outras: (Tás é mal resolvida; isso é dor de cotovelo, as mamas da outra devem ser maiores, falta-te algo nessa vidinha que levas....)
A- Ela lixa-te a vida?
C2- Não, claro que não. Achas?
A - Por momentos parecia...
M- Eu também tive um tipo por muitos anos.
A- Falas dele com carinho... tens saudades?
M- Não. A coisa nem sempre funcionava. Só com o J é que tive um orgasmo. Nem sabia o que isso era em todos os anos que estive com o M.
A - Então e sozinha? Não brincavas aos DJs?
C1 (rindo-se) - Parece que não.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
I am not a lucky girl
Já que estava em casa à hora de almoço, aproveitei para ouvir a Radar e me fazer ao passatempo Grizzly Bear, que tocam amanhã no Coliseu com a Cibele a fazer a primeira parte. Almocei a correr e não levei o pc comigo porque achei que 10 minutos não iam fazer a diferença (tenho o stereo morto e enquanto não mudo de casa, vou ouvindo pelo PC) ... quando regressei, ainda a deglutir o peixe, descobri que outro urso qualquer me tinha roubado o bilhete! M*^*^*^a. Tenho mesmo um azar do C*^*``@*´~*!! Mais valia ter ido de pijaminha dormir para a IKEA de Loures, sempre me safava com um beliche ou uma cadeirinha para o escritório.
A crise faz-me procurar alternativas nem sempre muito viáveis ou inteligentes, mas crise é crise, e se não a levo a sério, começo a fazer fila para outras coisas mais básicas como uma simples sopa.
domingo, 23 de maio de 2010
The secret of her eyes
Passei a ter mais apreço por Hollywood, ou melhor, pela Academia que consegue reconhecer num filme estrangeiro aquilo que deixou de fazer há muito: contar belas histórias de amor. Tudo sem beijos deslambidos, explosões exageradas e argumentos descabidos. Como se não bastasse, ainda conseguem colocar-lhes uma linguagem brejeira plausível (talvez porque os Fuck só me lembrem músicas de hip-hop) e um sentido de humor muito latino. El secreto de sus ojos é também um filme de amor intenso, das vidas que invejamos, das várias formas de manifestar sentimentos profundos por alguém, por mais estranhas e tortuosas que sejam, de paixões doentias, dos malefícios da ditadura e de como esganou, desviou e desfez a vida dos argentinos. A beleza que nos fica dos olhares intensos e dos amores por cumprir, depressa se desmorona quando saímos do King, única sala de jeito em que o filme está a ser exibido, e percebemos que o nosso imaginário apaixonado nada tem a ver com a realidade.
Filmes sobre amores assim só fazem mal. Abstenham-se.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Speechless
Ora bem, hoje acordei e decidi levar o jipe Volvo do meu vizinho porque a forma ostensiva como estacionava em frente ao muro da minha casa perturbava a minha existência pobre. ALém disso, o leitor de Cds do meu carro foi à vida há anos e a aparelhagem que berra dentro daquele sueco preto todo climatizado é uma afronta à minha integridade e sanidade musical. Já não aguento a voz do cromo da RFM que repete os nomes dos cantores como se estivesse a cagar um melão. Por estes motivos, levei o jipe. Não vejo qualquer motivo para perderem a confiança no meu trabalho e/ ou na minha pessoa. Descansem, não planeio fotografar o meu pipi nem as minhas maminhas. Livre-nos Deus de tal heresia.Fónix. Ainda me metem entre grades com umas brutamontes acusadas de matar os maridos à machadada, isso ou enfiam-me num qualquer anexo da Câmara de Sintra, que ainda é pior!
Não percebo muito bem o que acabei de dizer mas como o país está agora, até posso ganhar o Booker prize.
Não percebo muito bem o que acabei de dizer mas como o país está agora, até posso ganhar o Booker prize.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
Women having something to drink
Conversa entre três mulheres da mesma geração.
X- Tu precisas urgentemente de um rapazinho para te desarrumar os lençóis. A tua carência está a ganhar caruncho.
M- Nem me digas nada, já nem me lembro de dar beijinhos.
X- Ao falar em lençóis imaginava uma ginástica maior do que as línguas, mas está bem. Podias comprar um vibrador, o que achas?
M- Vais comigo?
X- Claro.
C- Mas isso não vai suprimir a necessidade que ela tem de dar beijos!
X- Como é evidente mas tem alguma coisa com que se entreter. Pelo menos isso não achas?
C- Tu tens um para estares a sugerir isso?
X- Claro! Recentemente troquei-o por outro porque já parecia um cortador de relva. Fazia uma barulheira que não se podia.
C- E o que é que o teu namorado pensa disso?
Silêncio.
X- A M está a ficar carunchosa mas tu já estás a naftalina há muito tempo!
M - Vamos, vamos. Quero um.
Gargalhadas. C. cora.
X- Tu precisas urgentemente de um rapazinho para te desarrumar os lençóis. A tua carência está a ganhar caruncho.
M- Nem me digas nada, já nem me lembro de dar beijinhos.
X- Ao falar em lençóis imaginava uma ginástica maior do que as línguas, mas está bem. Podias comprar um vibrador, o que achas?
M- Vais comigo?
X- Claro.
C- Mas isso não vai suprimir a necessidade que ela tem de dar beijos!
X- Como é evidente mas tem alguma coisa com que se entreter. Pelo menos isso não achas?
C- Tu tens um para estares a sugerir isso?
X- Claro! Recentemente troquei-o por outro porque já parecia um cortador de relva. Fazia uma barulheira que não se podia.
C- E o que é que o teu namorado pensa disso?
Silêncio.
X- A M está a ficar carunchosa mas tu já estás a naftalina há muito tempo!
M - Vamos, vamos. Quero um.
Gargalhadas. C. cora.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
Women at forty
Ela- A minha irmã, agora, aos 40 é que decidiu ter uma filha. Mas é linda, não é? (mostra-me a fotografia no telemóvel).
Eu- É muito bonita. Parabéns! Sai a quem?
Ela- Ao pai não é! Pirou-se, acreditas? Mas vai ter que assumir responsabilidades.
Eu- Há tipos do pior... Nunca querem saber dos filhos. Estiveram juntos quanto tempo?
Ela- Um ano.
Eu- Andavam há quanto tempo quando a tua irmã ficou grávida?
Ela- Há uns 3 meses, acho eu.
Eu - Isso foi mesmo repentino. A tua irmã quis apressar-se, foi? Com a chegada dos 40 as mulheres começam a fazer contas ao relógio biológico.
Ela - Não. aconteceu e ela não sabe como.
Eu- A tua irmã tem um doutoramento em Matemática aplicada e não sabe fazer contas ao período fértil?
Ela- (Sorri) Provavelmente não. Ela diz que não sabe como aconteceu, o que é que queres?!
Eu- E ele quis?
Ela- Quis o quê?
Eu- A filha, que mais havia de ser!
Ela- Ele? Não! Achas? Queria que a minha irmã abortasse, o animal Coitada, passou uma gravidez terrível.
Eu - Acredito. O que é que ele fazia?
Ela - É vendedor imobiliário. Foi ele que lhe vendeu a casa.
Eu - Ela devia ver a filha como uma outra aquisição. Se ele não a "comprou" com ela, não te parece um pouco incoerente que agora também pague prestação?
Ela- Fogo, A. tu às vezes pareces um homem a pensar!
Eu- É muito bonita. Parabéns! Sai a quem?
Ela- Ao pai não é! Pirou-se, acreditas? Mas vai ter que assumir responsabilidades.
Eu- Há tipos do pior... Nunca querem saber dos filhos. Estiveram juntos quanto tempo?
Ela- Um ano.
Eu- Andavam há quanto tempo quando a tua irmã ficou grávida?
Ela- Há uns 3 meses, acho eu.
Eu - Isso foi mesmo repentino. A tua irmã quis apressar-se, foi? Com a chegada dos 40 as mulheres começam a fazer contas ao relógio biológico.
Ela - Não. aconteceu e ela não sabe como.
Eu- A tua irmã tem um doutoramento em Matemática aplicada e não sabe fazer contas ao período fértil?
Ela- (Sorri) Provavelmente não. Ela diz que não sabe como aconteceu, o que é que queres?!
Eu- E ele quis?
Ela- Quis o quê?
Eu- A filha, que mais havia de ser!
Ela- Ele? Não! Achas? Queria que a minha irmã abortasse, o animal Coitada, passou uma gravidez terrível.
Eu - Acredito. O que é que ele fazia?
Ela - É vendedor imobiliário. Foi ele que lhe vendeu a casa.
Eu - Ela devia ver a filha como uma outra aquisição. Se ele não a "comprou" com ela, não te parece um pouco incoerente que agora também pague prestação?
Ela- Fogo, A. tu às vezes pareces um homem a pensar!
segunda-feira, 3 de maio de 2010
After all
Afinal... é para a semana. Paciência.
Aquele rapaz com nome de pomada marcou um grande golo, há que dizê-lo.
Aquele rapaz com nome de pomada marcou um grande golo, há que dizê-lo.
domingo, 2 de maio de 2010
Today is the day
Hoje é o dia em que o Benfica ganha o campeonato no Dragão. Apesar das incompreensíveis decisões da arbitragem portuguesa, apesar dos amarelos inadmissíveis do Falcão, Bruno Alves (ai esse ainda joga... cuidado com as canelas, e os tomatinhos, e o queixinho...), apesar de pedras de calçada (se não forem lisboeta não tem a mesma elegância), apesar das bolas de golfe, apesar da tinta azul, apesar da raiva de um bando de selvagens que só estraga o espectáculo futebolístico. Hoje é o dia. Se não for hoje, ganha pá semana, carago. Tá reservado na mesma.
Nota: Se alguém quiser fazer comentários depreciativos sobre a minha paixão futebolística, responderei com um excerto do Rei Lear, ou outra qualquer obra shakespeariana. Beijinhos.
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