quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Love poems for those who might need any


I carry your heart with me by E. E. Cummings

I carry your heart with me(I carry it in my heart)
I am never without it (anywhere I go you go,my dear;
and whatever is done by only me is your doing,my darling)
I fear no fate(for you are my fate,my sweet)
I want no world(for beautiful you are my world,my true)
and it's you are whatever a moon has always meant
and whatever a sun will always sing is you
here is the deepest secret nobody knows
(here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of the sky of a tree called life;which grows higher than the soul can hope or mind can hide)
and this is the wonder that's keeping the stars apart
I carry your heart( I carry it in my heart)

Amor
Mulher, teria sido teu filho,

para beber-te o leite dos seios como de um manancial,
para olhar-te e sentir-te a meu lado e ter-te no riso de ouro e na voz de cristal.
Para sentir-te nas veias como Deus num rio
e adorar-te nos ossos tristes de pó e cal,
para que sem esforço teu ser pelo meu passasse e saísse na estrofe - limpo de todo o mal -.
Como saberia amar-te, mulher, como saberia amar-te, amar-te como nunca soube ninguém! Morrer e todavia amar-te mais. E todavia amar-te mais
e mais.

Pablo Neruda


Para Ti
Foi para ti que desfolhei a chuva

para ti soltei o perfume da terra toquei no nada
e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram no minuto em que talhei o sabor do sempre
Para ti dei voz às minhas mãos abri os gomos do tempo
assaltei o mundo e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano de tudo sermos donos sem nada termos
simplesmente porque era de noite e não dormíamos
eu descia em teu peito para me procurar
e antes que a escuridão nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um
amando de uma só vida

MIA COUTO

Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.

Eugénio de Andrade

Os Meus Versos

Rasga esses versos que eu te fiz, amor!
Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento,
Que a cinza os cubra, que os arraste o vento,
Que a tempestade os leve aonde for!

Rasga-os na mente, se os souberes de cor,
Que volte ao nada o nada de um momento!
Julguei-me grande pelo sentimento,
E pelo orgulho ainda sou maior!...

Tanto verso já disse o que eu sonhei!
Tantos penaram já o que eu penei!
Asas que passam, todo o mundo as sente...

Rasgas os meus versos... Pobre endoidecida!
Como se um grande amor cá nesta vida
Não fosse o mesmo amor de toda a gente!...

Florbela Espanca


LOVE is anterior to life,

Posterior to death,

Initial of creation, and

The exponent of breath.

Emily Dickinson




2 comentários:

Anónimo disse...

Thank's for sharing these poems. I've enjoyed every single one.

Cassandra disse...

That's always good to hear. THey are lovely.