Well, well... what can I say? Let us start with the positive things: a fotografia mais bela que alguma vez vi no cinema. Uma banda sonora etérea. As interpretações muito profundas e intensas, apesar de curtas. Agora... não sei que diga das conversas religiosas, da dicotomia natureza-graça, dos momentos espirituais profundos. Há momentos em que saímos de uma narrativa cinematográfica para um documentário do National Geographic... Digamos que este filme do Malick se equipara às experiências literárias do Lobo Antunes. A narrativa desvanece-se ao longo do filme e a experiência é demasiado alternativa para quem gosta da verdadeira ficção... cinematográfica. Aqui, temos uma espécie de cocktail: Sean Penn, dinossauros, vulcões, Brad Pitt (não há nenhuma associação entre estes elementos já que falo de Tiranossaurus-Rex e vulcões havaianos (se está perdido... experimente isto numa sala de cinema perto de si), constelações, planetas, asteróides, árvores, árvores, árvores, criaturas marinhas, água, água, tubarões, crianças, erva, erva (não cannabis, apesar de parecermos estar pedrados nesta altura), partos, pés, mãos, paraíso... A determinada altura o público sentiu-se defraudado, o stress e incómodo eram evidentes. Regressaram todos após o intervalo. A segunda parte aparente maior normalidade. Ficou toda a gente. Não sei que conselhos dar, se sugira ou não. É diferente de tudo o que já vi. Compraria a primeira parte do filme para ter em casa e ouvir em surround. Não sei que mais diga excepto que tenho saudades do verdadeiro cinema, pure and simple.
Depois uma gaja lê estas interpretações todas tão intelectuais e fica a pensar cada vez mais pertence às massas. Olha, sabem que mais... ainda bem.