quinta-feira, 22 de julho de 2010

Rocks

Lapidação ou apedrejamento é uma forma de execução de condenados à morte. Meio de execução muito antigo, consistente em que os assistentes lancem pedras contra o réu, até matá-lo.
Li no outro dia na Visão que as pedras não podem ser pequenas a ponto de não causar mossa. Também não podem ser demasiado grandes a ponto de matar à primeira pedrada. Li também que os homens são enterrados até à cintura e as mulheres até aos seios. Fugir podem. Se conseguirem. Ah, e sem testemunhas. Aquelas que esperam, em pé, croquetes enrolados em turbantes e armados de calhaus just the right size.
Não li mais. Fiquei mal disposta.
Desculpem partilhar esta angústia convosco mas tenho saudades de escrever nem que seja sobre o sadismo de alguns muçulmanos.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Skin issues

Descobri recentemente, depois de uma breve exposição a um sol assassino, e de umas consequentes protuberâncias na minha pele eternamente resistente, que tenho uma pele sensível, especial, atópica. Sou o que a minha avó gentilmente denomina de "peido florido". Não sei de onde emana esta cheirosa expressão mas nada terá a ver com o nariz. Remete para os frágeis, delicados, quase intocáveis ou, até mesmo, os atacadinhos, palerminhas, florzinhas de estufa. Eu, morena de raiz, até às entranhas do meu ser, carregada de melanina no meu código genético, estou agora condenada a sair de casa com barrigadas de cremes, sprays, cápsulas, barrada como uma torrada mas frágil como nenúfar.
Primeiro, nada disto está relacionado com as minha ligação profunda ao mar e praia dos quais abusei ao longo da minha curta vida (a minha bitola comparativa é a minha granny - 88). Isto é culpa dos chineses e indianos que almejam o progresso vorazmente, a ponto de alargar o buraco de ozono como se fossem ginecologistas armados com bicos-de-pato.
Segundo, os dermatologistas são uma ordem menor de médicos. Têm um ar deslavado de quem abomina maquilhagem porque lhes causa alergias; mexem-se pouco para evitar que o suor lhes causa borbulhagem; não nos tocam na pele como os médicos que nos tratam como pedaços de carne e que sabem dominar toda a anatomia, como os cardiologistas; falam baixo e sem vigor para não irritar os poros; têm um ar frustrado de quem gostaria de estudar coisas mais interessantes abaixo da derme mas não os deixaram. Consequentemente, para libertarem esta tensão, rotulam-nos de "peidos floridos" obrigando-nos a gastar mais de 100 euros numa farmácia perto de si. Hate them. Hate them.
Não me posso irritar. Ainda me nascem borbulhas no cérebro.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Olé

Os nuestros hermanos lá levaram a taça do mundo. Olé para a garra dos toureiros vizinhos, olé para o polvo alemão, que não se livra da comparação com Delfos, olá para as pernas tentaculares do Iniesta,mas acima de tudo olé para o Casillas que cheio de tantas lágrimas de felicidade cagou para o directo, para o discurso óbvio, para o passarinho e espetou um bruta beijo na namororada, a bela jornalista desportiva que o entrevistava. É assim, ninguém resiste a um homem romântico e do nada, quando nada me pareceria arrancar um sorriso, o capitão espanhol marcou um golaço no coração do romantismo feminino. Watch and learn, watch and learn.


Um voto de simpatia para os Holandeses. Coitados. Já estava na altura. Mas o Robben já devia saber que uma daquelas não se falha, não se falha.